O Ministério do Meio Ambiente (MMA), realiza a partir desta segunda-feira (25), a Semana Nacional do Bioma Caatinga. O objetivo é divulgar a caatinga e discutir as ações que estão sendo desenvolvidas para este que é o bioma menos protegido e conhecido do País.
Até o dia 29, haverá, em Fortaleza e em Brasília, uma série de atividades voltadas à valorização do bioma. Uma audiência pública na Câmara no dia 28, discutirá a implementação de instrumentos para o controle do desmatamento da caatinga. O evento será marcado também pela defesa da aprovação, no Congresso Nacional, da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que transforma a caatinga e o cerrado em patrimônios nacionais.
Abertura - A abertura da semana será às 15h desta segunda-feira, no plenário da Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, em Fortaleza, em solenidade que contará com a presença da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
A audiência no Plenário 8 da Câmara dos Deputados, a partir de 9h contará com a presença, entre outros participantes, de autoridades do Ministério do Meio Ambiente, como o Secretário de Biodiversidade e Florestas, de lideranças da Bancada Parlamentar do Nordeste, da Frente Parlamentar do Meio Ambiente e da Comissão de Meio Ambiente da Câmara.
Também na Câmara dos Deputados, o MMA promove, entre 25 e 29 de abril, sempre a partir das 9h, a exposição fotográfica intitulada Caatinga: Belezas e Riquezas, que vai mostrar as imagens, cores e a importância socioambiental do único bioma exclusivamente brasileiro. A exposição será no Epaço Mário Covas, que fica no Anexo 2 da Câmara.
A caatinga ocupa uma área de cerca de 844.453 quilômetros quadrados, o equivalente a 11% do território nacional. Engloba os estados Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais. Rico em biodiversidade, o bioma abriga 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 espécies de anfíbios e 241 de peixes e 221 de abelhas. Cerca de 27 milhões de pessoas vivem na região, a maioria carente e dependente dos recursos do bioma para sobreviver.
Frente ao avançado desmatamento na caatinga chega a 45%, segundo monitoramento por satélite divulgado no ano passado o Ministério do Meio Ambiente (MMA) busca concretizar uma agenda definida em 2008 prevendo a criação de mais unidades de conservação federais no bioma e desenvolver alternativas para o uso sustentável de sua biodiversidade.
Da agenda de novas unidades de conservação na caatinga, duas já foram criadas ou ampliadas: em 2009, o Monumento Natural do Rio São Francisco, com 27 mil hectares, englobando os estados Alagoas, Bahia e Sergipe. Em 30 de dezembro último, foi ampliado, e 300 mil hectares, o Parque Nacional das Confusões, no Piauí, que passou a ter 823.435,7 mil hectares. Com estas novas unidades a área protegida por unidades de conservação no bioma aumentou para 8%. Ainda assim, o bioma continuará como um dos menos protegidos do país.
O MMA tem estimulado a criação de unidades de conservação estaduais na caatinga. Como resultado deste trabalho já foram criados grupos de trabalho e direcionados recursos para seleção e criação de unidades em Pernambuco e no Ceará. Os processos de criação nestes estados foram agilizados, e os primeiros resultados concretos serão divulgados na Semana Nacional da Caatinga.
http://www.icmbio.gov.br/comunicacao/noticias/4-geral/810-semana-em-defesa-da-caatinga-e-iniciada
Caatinga
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