O povo da floresta

A Crítica - www.acritica.com - 05/10/2010
A floresta do Estado do Amazonas está 98% preservada, porque ribeirinhos, indígenas, empresários do Polo Industrial de Manaus, ambientalistas e autoridades responsáveis decidiram enfrentar as mudanças climáticas com planejamento e determinação. O governo do Estado, através do programa Zona Franca Verde, saiu de uma área de 7 milhões de hectares em unidades de conservação em 2003, para os atuais 19 milhões de hectares, um universo verde maior que vários países da Europa.

Com o efeito estufa pondo em xeque a humanidade, em função das emissões de gases - no Brasil as queimadas na floresta amazônica representam 75% deste tipo de poluição da atmosfera -, fica difícil comemorar o Dia Mundial do Meio ambiente. Mas os brasileiros são otimistas e não se deixam abater pelas adversidades, mesmo que o arco da destruição no Sul do Amazonas esteja transformando mata em pastagens para dar espaço para o gado dos fazendeiros. Mas é nos meios científicos, em instituições como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), que encontramos o futuro da Amazônia.

Cientistas estão trazendo seus conhecimentos para fora dos laboratórios e transformando pesquisas em produtos que ajudam a diminuir o sofrimento da população, com a criação de novos remédios baseados na biodiversidade da floresta. Vale destacar também que os serviços ambientais e os produtos da floresta ganharam um peso extraordinário na comunidade internacional. A Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Juma se transformou em referência mundial pelo seu desmatamento evitado.

Em dezembro próximo, quando da reunião da ONU em Copenhague, Dinamarca, que discutirá como vai ser o planeta depois do Protocolo de Kyoto em 2012, o Amazonas será apresentado como o exemplo que deu certo, onde os guardiões da floresta estão fazendo uma revolução verde, com suas práticas sustentáveis e de respeito ao maior patrimônio da humanidade: a vida.

Liderança

Em Manaus, observa-se uma nova mentalidade ambiental capitaneada pela atual administração. A cidade, na condição de uma das subsedes da Copa do Mundo de 2014, planeja a criação de novos parques ecológicos, bem como se mobiliza para liderar as discussões ambientalistas no cenário internacional.

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UC:RDS

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