Ibama quer recursos para Lencois Maranhenses

GM, Meio Ambiente, p.A9 - 12/07/2004
Ibama quer recursos para Lençóis Maranhenses
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) está buscando recursos da iniciativa privada e órgãos públicos para projetos de uso racional do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, um dos principais atrativos do turismo ecológico do Maranhão. Depois das campanhas de divulgação promovidas pelo governo estadual, o parque, uma unidade de conservação, se tornou uma das áreas mais visitadas pelos turistas que chegam ao Estado. O objetivo do Ibama é evitar a depredação do patrimônio natural.
Entre as ações definidas pelo órgão como prioritárias, estão o trabalho com as comunidades dentro e no entorno, a regulamentação do uso e ocupação da zona de amortecimento (área em volta do parque) e o uso público racional. As fontes de recursos para financiamento dos projetos citados, avaliados num total de cerca de R$ 450 mil, que estão sendo cogitadas são Petrobras, o Fundo Nacional do Meio Ambiente, Ministério do Turismo e Prodetur II. Só o projeto voltado para as comunidades está orçado em R$ 300 mil para ser realizado em três anos
"Hoje não há nenhum controle sobre a visitação. O trabalho está sendo feito com as agências de turismo e com guias. Aos poucos, a gente está tentando ordenar o turismo", explica a analista ambiental da administração do parque, Juliana Cristina Fukuda, ressaltando que a gestão é participativa, envolvendo prefeituras, governo estadual e órgãos ambientais.Cqm uma área de 155 mil hectares, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses abrange três municípios: Santo Amaro, Primeira Cruz e Barreirinhas, principal portão de entrada do turismo para o Parque. Os Lençóis são um imenso deserto com diversas lagoas naturais que se formam durante o período chuvoso
O parque tem objetivos definidos: preservação, pesquisa científica, educação ambiental, turismo e recreação. Por ser uma área muito grande, o Ibama admite ser impossível cercar para que haja um controle maior da exploração turística.
Além da presença dos visitantes, há o receio da especulação imobi-liária na região. A solução então, é trabalhar com a conscientização e educação das comunidades que moram na região e das empresas ligadas ao turismo.
Dentro dos projetos para a região, o Ibama pretende fazer o levantamento das comunidades que moram dentro e no entorno. Por lei, não é permitido que pessoas morem dentro do parque, a não aquelas que já estão há muito tempo na região. São comunidades que vivem da pesca e da agricultura.
Estão previstas a colocação de sinalização, agendamento e controle dos visitantes, capacitação de condutores e motoristas e divulgação do plano de manejo do parque, já elaborado, para instituições públicas, comunidades e segmento turístico. Em julho do ano passado, 1,4 mil pessoas passaram pelo parque.


GM, 12/07/2004, p. A9
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