Fogo já queimou cinco mil hectares

O Globo, Rio, p. 24 - 29/08/2007
Fogo já queimou cinco mil hectares
Metade das áreas atingidas por incêndios durante a estiagem é de florestas
Alessandro Soler e Aloysio Balbi

Em pouco menos de um mês de estiagem, o Estado do Rio teve cinco mil hectares de vegetação destruídos por incêndios. Metade desse total é de florestas, quase integralmente localizadas em unidades de conservação. A conta foi divulgada ontem pelo secretário do Ambiente, Carlos Minc, para quem, se não fosse a chuva que começou ontem, a devastação poderia ter sido bem pior. Segundo ele, restam poucos focos de incêndios, a maioria no Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Numa avaliação preliminar, o Instituto Estadual de Florestas estimou em R$ 50 milhões o custo de recuperação da mata atingida.

Fogo atinge reservas no Norte Fluminense
Para integrar melhor as ações no combate aos incêndios, o secretário anunciou a criação de um plano de contingência: - Queremos saber quantos helicópteros e aviões das Forças Armadas, dos Bombeiros e da PM, quantos especialistas existem. Pela primeira vez, vamos coordenar o combate.

Depois da destruição de 1.300 hectares do Parque Nacional de Itatiaia, o fogo está causando estragos nas reservas florestais no Norte Fluminense. No Parque Estadual do Desengano, maior reserva de Mata Atlântica do Estado do Rio, havia ontem três focos de incêndio. A estiagem também afetou o Rio Paraíba do Sul, que em janeiro deste ano bateu a cota 12, provocando o que foi considerada a pior enchente dos últimos cem anos em Campos, no Norte Fluminense, derrubando uma ponte e comprometendo a estrutura de outras duas. Agora, pela escassez das chuvas, o Paraíba está vazio, com bancos de areias espalhados por seu leito.

O Globo, 29/08/2007, Rio, p. 24
UC:Parque

Unidades de Conservação relacionadas

  • UC Serra dos Órgãos
  • UC Itatiaia
  • UC Desengano (PES)
  •  

    As notícias publicadas neste site são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.