Encontro vai discutir atividades turísticas com observação de botos no Amazonas

A Crítica - http://acritica.uol.com.br/ - 24/09/2013
Eles são bonitos, amáveis e viraram há mais de uma década atração turística no Amazonas, em localidades como o município de Novo Airão, distante 180 km da capital, Manaus. Mas, tanta exposição dos botos, principalmente da espécie conhecida como boto-vermelho (Inia Geoffrensis) tem preocupado estudiosos.

Com o objetivo de discutir diretrizes para as atividades turísticas com os botos no Amazonas será realizado um encontro nesta terça-feira(24), a partir das 14h, no auditório da Agência de Fomento do Estado do Amazonas (AFEAM).

Da reunião irão participar representantes do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Associação Amigos do Peixe-Boi(Ampa), além de representantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Piagaçu, da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (SDS) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Turismo com a espécie

O turismo de observação de animais em vida livre vem crescendo. O Amazonas é o sétimo destino do turismo no mundo. A exuberante flora e fauna são os principais atrativos. E quem se destaca nesse turismo verde é o boto-vermelho (Inia geoffrensis), um mamífero aquático endêmico da região amazônica, que está classificado como "Dados Insuficientes" pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN - sigla em inglês) e aparece no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.

O turismo com esse animal, nos rios amazônicos, já ocorre há mais de uma década. Pesquisas recentes apontam que esse tipo de interação tem causado danos à espécie. Conforme o estudo de Luiz Claudio Alves, realizado em 2009, no Parque Nacional de Anavilhanas (PNA), em Novo Airão, distante da capital amazonense 180 km; os botos condicionados que participam dessa atividade mudaram o comportamento social.

Segundo pesquisadores, esse tipo de atividade pode ser uma estratégia de conservação do boto-vermelho (Inia geoffrensis), que hoje sofre uma grande pressão pela ocupação humana e nos últimos anos vem sendo caçado indiscriminadamente para ser utilizado como isca na pesca de um peixe chamado piracatinga, que no Brasil é comercializado com o nome de douradinha.

"O objetivo da Ampa, em parceria com o Inpa, para essa normatização é promover o bem-estar dos animais. Acreditamos que com as diretrizes estabelecidas para essa atividade será possível fazer um trabalho mais efetivo de conscientização dos turistas, assim como, favorecer a qualidade de vida dos botos", explica a presidente da Ampa, Nívia do Carmo.



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