Com espécies em extinção, Abrolhos é alvo de gigantes

O Globo, Economia, p. 26 - 18/11/2011
Com espécies em extinção, Abrolhos é alvo de gigantes
Petroleiras fazem levantamentos sísmicos na região. Um acidente ameaçaria fauna e flora

Liana Melo
liana.melo@oglobo.com.br

Abrigo do maior recife de corais do Atlântico Sul, o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, no Sul da Bahia, virou alvo de cobiça de grandes petroleiras. Petrobras, Vipetro, Perenco, OGX, HRT, Shell, Vale, Cowan, Sonangol e Repsol são algumas das empresas donas de blocos de exploração que estão fazendo levantamentos sísmicos na região. Devido às correntes marítimas e às de vento que passam por ali, qualquer eventual acidente ambiental seria fatal, podendo comprometer 45 espécies ameaçadas de extinção, inclusive o coral-cérebro.
- Além do desastroso impacto ambiental, um vazamento também teria impactos econômicos, uma vez que prejudicaria o turismo e todas as comunidades pesqueiras e marisqueiras da região, assim como ocorreu com o vazamento da BP no Golfo do México - afirma a coordenadora da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace, Leandra Gonçalves, acrescentando que a ONG deflagrou, em agosto passado, uma campanha pela moratória da exploração de petróleo e gás em Abrolhos. - O arquipélago também apresenta áreas de mangue e abriga espécies ameaçadas de extinção, como a baleia-jubarte.
Exploração de petróleo
e gás está autorizada
Depois de muita briga judicial, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) conseguiu derrubar todas as liminares, o que significa que a exploração de petróleo e gás está autorizada num raio de 50 quilômetros do Parque Nacional Marinho de Abrolhos. Com uma extensão de 913 km2, o parque abrange o arquipélago dos Abrolhos, os recifes de Timbebas e é considerado o lar de mais de 1.300 espécies de aves, tartarugas, peixes e mamíferos marinhos. Quarenta e cindo delas são consideradas como em risco de extinção.

O Globo, 18/11/2011, Economia, p. 26
UC:Parque

Unidades de Conservação relacionadas

  • UC Marinho dos Abrolhos
  •  

    As notícias publicadas neste site são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.