Pesquisadores da Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (SDS) descobriram novas espécies de plantas e animais durante expedição Juruena-Apuí, realizada em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) , entre os dias 13 de junho a 2 de julho. A pesquisa reuniu cerca de 50 pessoas, entre profissionais do corpo técnico e logístico, biólogos e especialistas em botânica, aves, mamíferos, macacos, peixes e ecologia de paisagens.
A área pesquisada é considerada pela equipe como uma das mais remotas da região amazônica e pouco estudada, até hoje. Diante das primeiras observações, não há registro de presença humana no local. A descoberta de novas espécies da fauna e da flora faz parte de um relatório inédito sobre a biodiversidade encontrada na área de mais de mil quilômetros do Parque Nacional do Juruena e do Mosaico do Apuí, localizados nos estados do Mato Grosso, Pará e Amazonas.
De acordo com a secretária executiva adjunta de Projetos Especiais da SDS, Rita Mesquita, a partir do levantamento biológico e dos diagnósticos, será elaborado o plano de gestão das Unidades de Conservação inseridas nos parques. O documento vai servir de orientação para traçar as atividades permitidas na região.
A expedição Juruena-Apuí recebeu recursos financeiros da SDS e da ong WWF Brasil.
DESCOBERTAS
Em quatro dias de trabalho, foram encontradas 11 espécies de lagartos, um de jacaré e de 16 sapos. Dois desses anfíbios ainda são desconhecidos pelo biólogo Fabiano Valdez, da secretaria executiva adjunta de Projetos Especiais da SDS, responsável pela pesquisa de répteis e anfíbios da região. O Rio Sucunduri, entre as comunidades Sucunduri e Terra Preta, em Apuí (AM), foi considerado riquíssimo em espécie de peixes. Duas espécies encontradas na região ainda não foram identificadas. A equipe do INPA coletou uma espécie de copaíba que , na ocasião, nenhum pesquisador soube identificar.
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