Força-tarefa tenta conter óleo em Abrolhos

OESP, Metrópole, p. A16 - 04/11/2019
Força-tarefa tenta conter óleo em Abrolhos
Ação já evitou a chegada à área de 19,2 mil quilos de resíduos; Marinha mobiliza embarcações e mergulhadores e monitora corais

Tânia Monteiro e Lôrrane Mendonça, O Estado de S.Paulo
03 de novembro de 2019 | 19h12

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, destacou neste domingo, 3, que a força-tarefa formada por agentes públicos de diversas instâncias, pescadores e voluntários deve conter a poluição por óleo que atingiu neste fim de semana o Arquipélago de Abrolhos, no sul da Bahia. Um plano de contenção civil, por exemplo, está sendo executado desde o dia 12 e já evitou a chegada à área de 19,2 mil quilos de resíduos.

Silva sobrevoou Abrolhos neste domingo e destacou que nenhuma mancha havia sido relatada e a limpeza do material encontrado no sábado estava em andamento. Segundo ele, foi montado um cerco na área com seis embarcações, quatro de Marinha e duas da Petrobrás. "E temos lançado botes e mergulhadores nossos para fazer vistoria nos corais. Isso sem contar o pessoal do ICMBio (ambiental). E há a participação fundamental das pequenas embarcações, que só elas podem entrar em alguns lugares."

Fragmento de óleo Abrolhos
Fragmento de óleo foi encontrado na praia norte da Ilha de Santa Bárbara Foto: Marinha do Brasil/Divulgação
A Associação Mãe Reserva Extrativista de Canavieiras (Resex), que trabalha com pescadores e voluntários, observou que a primeira mancha de petróleo foi relatada no dia - com 120 quilos de óleo. Chamada de "SOS Mangue Mar Canes", a iniciativa já retirou quase 20 mil quilos de poluentes de dentro do mar e da faixa de areia.

De acordo com Carlos Pinto, da Resex, a região é monitorada 24 horas, com aval do ICMBio, que ajuda com transporte e alimentação, além de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). "Nossa equipe está agindo em caráter de urgência mesmo. Como o vento mudou de direção, pode ser que isso colabore com a chegada de mais óleo", completa.

Ele destaca o risco à economia local, pois mais de 2,5 mil famílias sobrevivem da venda de pescados. "Quando não encontrarmos mais nada, ainda vamos observar por mais 15 a 30 dias para garantir que a região está limpa."

O total de resíduos de óleo retirados de praias do Nordeste já chega a 4 mil toneladas. Silva reiterou que a investigação sobre o derrame foca no navio de bandeira grega Bouboulina, sem dar detalhes. A empresa do petroleiro nega qualquer vazamento.

OESP, 04/11/2019, Metrópole, p. A16


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