Curso sobre concessão de serviços em áreas protegidas prepara 28 analistas ambientais na Acadebio

ICMBio - www.icmbio.gov.br - 07/05/2010
Vinte e oito analistas ambientais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) estão aptos para elaborar termos de referência, editais e contratos para concessões de serviços em áreas protegidas, bem como para acompanhamento dos serviços executados. Eles foram capacitados durante o curso, realizado em abril na Academia Nacional de Biodiversidade (Acadebio), localizada na Floresta Nacional (Flona) de Ipanema, em Iperó, São Paulo, e intitulado Ferramentas Econômicas para a Conservação.

Ministrado pela Organização Não Governamental (ONG) Fundo Estratégico de Conservação (CSF-Brasil, sigla em inglês), o curso é fruto de uma parceria entre a ONG, o ICMBio e o Forest Service (Serviço Florestal dos Estados Unidos), o qual patrocina o treinamento. Com um total de 104 horas/aula, pretende-se capacitar os analistas ambientais para a criação de negócios, que tanto possibilitem a entrada de recursos para as áreas protegidas quanto sejam rentáveis para os empreendedores, satisfazendo o visitante.

Segundo o coordenador de Visitação do ICMBio, Júlio Gonchorosky, é preciso criar uma cultura institucional de que conservar áreas protegidas também é realizar bons negócios, que tanto conservam as belezas naturais e a biodiversidade, como possibilitam a implantação de infraestruturas e serviços necessários para a recepção ao visitante. "Sempre que se tem um território com visitação regrada, tem-se uma área mais bem protegida e parcerias efetivas que conservam a biodiversidade", disse Gonchorosky.

O desenvolvimento da visitação em áreas protegidas, principalmente nos parques nacionais, é uma das estratégias de conservação traçadas pelo ICMBio, instituição responsável pela gestão de 304 unidades de conservação federais, divididas em 12 categorias de manejo. Foram lançados editais de concessão de serviços de apoio à visitação nos parques nacionais da Serra dos Órgãos, do Itatiaia e da Tijuca, no Estado do Rio de Janeiro, e no Parque Nacional Marinho de Abrolhos, na Bahia.

Os editais incluem serviços de hospedagem, lojas de lembranças (souvenirs) e serviços de alimentação. "E estamos finalizando os estudos para o lançamento dos editais nos parques de Fernando de Noronha (PE), Iguaçu (PR), Anavilhanas (AM) e Lençóis Maranhenses (MA). Bons negócios em áreas protegidas tanto podem possibilitar conservação e desenvolvimento como podem garantir a conservação da biodiversidade no longo prazo", completa Gonchorosky.

A CFS-Brasil utiliza a economia e o pensamento estratégico como ferramentas para a conservação do meio ambiente, tendo capacitado mais de 400 profissionais brasileiros. Conforme o analista sênior Leonardo Fleck, da CFS-Brasil, os servidores do ICMBio estão aprendendo a realizar análises de custo e benefícios e de planejamento de concessões, capacitando-se para análises de negócios estratégicos que ajudam a conservação e a definição de serviços nas áreas protegidas.

"Aproximar as pessoas da natureza é aproximá-las da consciência ambiental. E estamos permitindo que os analistas ambientais conheçam ferramentas econômicas que podem dar maior eficiência à conservação", afirmou Fleck.

Para o desenvolvimento da visitação, com a definição dos planos de negócios, os analistas ambientais das áreas protegidas consideram a vocação particular de cada uma delas, o plano de manejo, o macroprocesso de uso público, a capacidade de suporte e a viabilidade econômica dos serviços a serem implantados.

"Não podemos esquecer que estamos falando de negócios de grande potencial. Os parques americanos faturam mais de um bilhão de dólares anualmente, recebendo mais de 90 milhões de turistas. O Brasil tem potencial e belezas naturais diversificadas que podem levar a cifras semelhantes, ou superiores. Temos que criar um ambiente que possibilite que cheguem recursos às áreas protegidas, implantando serviços que permitam a visitação e a conservação da biodiversidade, mas que também dê lucro aos empresários vencedores das licitações", conclui Leonardo Fleck.

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